A NOVA
PARAISÓ
POLIS
O PARAÍSO DAS METRÓPOLES
Em setembro de 1983 foi criada a União de Moradores e do Comércio do Paraisópolis (UMCP) que tinha como objetivo inicial assegurar a manutenção da comunidade - que, na época, estava sofrendo ameaças de remoção.
Hoje em dia, o Paraisópolis já não enfrenta mais esse tipo de ameaça e como consequência disso, a União dos Moradores passou a ter outro foco de atuação. A UMCP pretende agora proporcionar aos moradores melhores condições de vida e acesso à saúde, lazer, cultura, educação, esporte, habitação e emprego através de diversos programas sociais e culturais, defendendo também os interesses da comunidade.
Em 2008 a comunidade elegeu Gilson Rodrigues (à direita) como presidente da UMCP e desde então ele veem batalhando para fazer melhorias cada vez maiores no local.
“Quando as pessoas chegaram aqui existia uma necessidade muito grande, uma carência com relação a moradia. Eram os nordestinos que vinham pra São Paulo para mudar sua vida, para ter acesso a educação, para dar uma condição melhor para os seus filhos e chegando aqui eles descobriram que São Paulo não era essa 'terra boa toda', como se dizia no nordeste. Eles não tinham onde morar e então começaram a ocupar essa região. Ela foi principalmente ocupada por trabalhadores da construção civil que vieram construir o Estádio do Morumbi e o Hospital Albert Einstein e não tinham aonde ficar e acabaram ficando nesse matagal, que era o Morumbi. O local era formado por sítios, fazendas e chácaras desocupadas e as pessoas começaram a morar aqui. ” - diz Gilson Rodrigues, que vivenciou pessoalmente as dificuldades da comunidade por ser também um migrante nordestino que chegou ao local com sua família anos atrás.